História

Brasileirão 1996: O bicampeonato do Grêmio

Hoje vamos relembrar os momentos especiais que envolveram o Brasileirão de 1996, que foi o bicampeonato nacional do Grêmio. A equipe em questão tem uma vasta história no cenário nacional e continental, o que não é novidade para ninguém. Assim, sempre é bom relembrar os momentos de glória que o time gaúcho teve, trazendo também novos detalhes para os casos.

Em sua história, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense conseguiu dar praticamente todas as alegrias possíveis para os seus torcedores, dominando o estado, o país, o continente e também o mundo em determinado momento. Assim, independente das fases ruins ou momentos delicados, o time mantém seu papel entre os maiores e mais tradicionais do futebol brasileiro.

Dessa forma, para manter a gigantesca história do Imortal viva, é sempre importante fazer com que os momentos de glórias estejam quentes na memória dos torcedores. Isso porque o espírito vencedor nunca pode abandonar a equipe azul, seja qual for o momento. Assim, vamos relembrar aquele momento em que o time gaúcho conseguiu conquistar o país pela segunda vez.

Fórmula do Brasileirão de 1996

A 41.ª edição do Campeonato Brasileiro aconteceu em 1996, quando, 24 equipes acabaram participando a briga pela taça. Na ocasião, os clubes jogaram todos contra todos, assim como é a fórmula atual. No entanto, naquela época, essa foi a primeira fase, envolvendo um único turno. Depois disso, os oito melhores colocados avançavam para a fase final e eliminatória.

Com jogos de ida e volta, o critério de desempate naquela edição era a melhor campanha, em caso de duplo empate. Assim, as quartas de final, semifinais e final se desenrolaram, com o Grêmio chegando na taça, com uma grande trajetória, derrubando outros gigantes.

Campanha do Grêmio no torneio

Durante toda aquela edição, o Imortal manteve uma campanha positiva, brigando pelas posições de destaque e até mesmo liderando a primeira fase durante a 19ª rodada. No entanto, ao final do turno, o time gaúcho estava ocupando a sexta colocação. Foram 38 pontos conquistados em 23 jogos, com 11 vitórias, cinco empates e sete derrotas. A campanha era seis pontos inferior ao líder, o Cruzeiro, que venceu 13 confrontos na primeira etapa.

Dessa forma, o Tricolor de Porto Alegre avançou para encarar o dono da terceira melhor campanha, já que tinha a terceira pior campanha entre os classificados. O adversário na ocasião foi o Palmeiras, que não foi páreo para a grande força do time azul. Naquele momento, o Tricolor conseguiu uma boa vantagem atuando em casa, vencendo por 3 a 1. Depois disso, na volta, a equipe conseguiu se segurar, perdendo por apenas 1 a 0 e avançando para a etapa seguinte.

O adversário da sequência foi o Goiás, que tinha derrubado o Guarani sob os mesmos placares e circunstâncias que o Grêmio. Assim, quando ambos entraram em campo, quem se deu melhor foi o time gaúcho, que conseguiu vencer, também por 3 a 1, a ida, fora de casa. Depois, dentro dos seus domínios, restou ao Imortal um empate em 2 a 2 para garantir a vaga na grande decisão.

Grande decisão de 1996

Sendo assim, o Grêmio chegou na grande decisão, onde enfrentou a Portuguesa, de São Paulo, que foi uma verdadeira exterminadora de mineiros dentro daquela edição do Campeonato Brasileiro. Apesar de ter a pior campanha entre os classificados no primeiro turno, o time paulista deu a volta por cima, derrubando favoritos e avançando até a final.

O primeiro eliminado foi o próprio Cruzeiro, que era dono da melhor campanha geral. Depois disso, o clube avançou sobre o Atlético Mineiro, na semifinal, chegando até o embate contra o Tricolor. Na ocasião, foi justamente o regulamento que acabou gerando o título para o time gaúcho.

Isso porque no primeiro jogo, disputado dentro do Estádio do Morumbi, em São Paulo, diante de quase 30 mil pessoas, o Grêmio se complicou bastante com Marco Antônio expulso ainda no primeiro tempo. Assim, a Portuguesa conseguiu abrir 2 a 0, uma vantagem bem grande que levou para o segundo jogo.

No entanto, na grande decisão, realizada dentro do Estádio Olímpico, em Porto Alegre, para mais de 42 mil pessoas, o Grêmio conseguiu dar a volta por cima. Com 11 em campo, Paulo Nunes, aos 3 minutos do primeiro tempo, e Aílton, oitenta minutos depois, conseguiram devolver o placar do primeiro jogo.

Apesar dos jogos de desempate serem comuns no passado do futebol brasileiro, não foi isso que o regulamento da época indicou. Isso porque o critério para decidir quem sairia vencedor em um empate de resultados era a melhor campanha na primeira fase. Dessa forma, os paulistas, que ficaram com o oitavo lugar, foram considerados derrotados, com a vantagem e título ficando para o Tricolor.

Destaques do bicampeonato do Grêmio

O lendário elenco do Grêmio que esteve em campo, naqueles mágicos anos 1990, era composto pelos seguintes craques: Danrlei; Arce, Rivarola (Luciano), Mauro Galvão e Roger; Dinho (Aílton), Goiano, Émerson (Zé Afonso) e Carlos Miguel ; Paulo Nunes e Zé Alcino. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

O grande craque daquela edição não poderia ser outro além de Paulo Nunes, tendo em vista que marcou um gol importantíssimo na decisão e, ainda por cima, se consagrou como o grande artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1996, com 16 tentos marcados.

Confira todo o elenco utilizado por Felipão naquela edição:

  • Goleiros: Danrlei, Murilo e Sílvio.
  • Laterais Direitos: Arce e Marco Antônio.
  • Zagueiros: Adílson Batista, Rivarola, Mauro Galvão, Luciano, Wagner Fernandes e Scheidt.
  • Laterais Esquerdos: Roger e André Silva.
  • Volantes: Dinho, Luís Carlos Goiano, João Antônio, Rogério Belém, André Vieira e Carlos Alberto.
  • Meio-campistas: Carlos Miguel, Emerson, Ailton e Negretti.
  • Atacantes: Paulo Nunes, Zé Alcino, Zé Afonso, Rodrigo Gral, Saulo e Márcio.

Uma curiosidade sobre aquela edição do Brasileirão foi o fato de que não houve rebaixamento. Fluminense e Bragantino, que eram os dois últimos deveriam ter ido para a segunda divisão. No entanto, a Confederação Brasileira de Futebol definiu pelo cancelamento da queda para a Série B devido a um suposto esquema de suborno de arbitragem. A situação envolvia o então presidente da Comissão Nacional de Arbitragem de Futebol (Conaf) Ivens Mendes.

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